Foi pouco antes de
começar a prova que recebi a triste notícia da morte de Roberto Gómez Bolaños.
Na hora, pensei que fosse só mais um boato desses de internet, afinal, Chaves
já foi morto tantas vezes, por que agora seria diferente? Mas foi. E por algum motivo,
demorei em acreditar em tudo aquilo.
Confesso que não me
lembro da última vez que parei no SBT para assistir novamente algum episódio de
Chaves ou Chapolin – coisas dessa tal vida adulta em que somos obrigados a
conviver –, mesmo assim também não abandonei o meu amigo que morava no 8 e, as vezes,
gostava de entrar em um barril na vila. E também não irei abandona-lo agora,
pois Roberto nos deixou, mas seus personagens serão eternos. O humor inocente
que ele nos brindou por anos seguirá intocável, por gerações e mais gerações.
O Chapolin também irá
nos proteger de Tripas Secas, Quase Nada e Poucas Trancas que a vinda irá nos
apresentar e impor. Mesmo de longe, ele seguirá nos defendendo. E se as coisas
piorarem, em caso de doença, ora, é só chamar o Dr. Chapatin, que com o seu
saquinho, tem o dom de curar qualquer doença – menos a morte. Que o nosso
Chavinho tenha sido recebido em sua nova vila, o céu, com muitos sanduiches de
presunto e sucos de tamarindos e zaz zaz e zaz e zaz.
Dentre tantas coisas
postadas na internet, a única em que eu não consigo concordar é com aquela que
dizem: preferia ter ido no enterro do Pelé. Chaves foi o Pelé da televisão, senão
fosse, não estaria há anos alegrando nossas tardes com os seus mesmos
episódios, as mesmas piadas e o mesmo humor que amamos.
Gostaria de ter
escrito esse pequeno texto com sua voz na televisão, mas não consegui, confesso
mais uma vez. Mas vou usar o nome do filme para poder definir o que Roberto
Bolanõs representa em minha vida: O Brilho Eterno de uma Mente Brilhante.
Chaves, Chapolin e Dr. Chapatin, meus sinceros agradecimentos por todos esses
anos que nos divertimos juntos. E Roberto, sua obra entrou para eternidade.
Qualquer dia nos encontraremos, mas enquanto isso, é melhor seguir o conselho
do Jaime, o carteiro, e descansar para evitar a fadiga.